O ano de 2026 se aproxima com promessas de transformações significativas em diversos setores, e a evolução da tecnologia continua a desempenhar um papel crucial na redefinição de estratégias, operações e serviços.
Com isso em mente, a seguir, destacamos as principais tendências que devem moldar o cenário tecnológico em fábricas de software em um futuro próximo:
Inteligência artificial aplicada ao desenvolvimento de software
A inteligência artificial deixa de ser uma tendência distante para se tornar um componente estratégico no ciclo de desenvolvimento.
Ferramentas baseadas em IA generativa e machine learning aprimoram a forma como requisitos são analisados, como linhas de código são revisadas e como testes automatizados são estruturados. Além disso, plataformas inteligentes capazes de avaliar padrões, sugerir otimizações e antecipar falhas reduzem o tempo de entrega e aumentam a confiabilidade das soluções.
No contexto corporativo e governamental, esse movimento fortalece a produtividade dos times (entre 20 e 30% segundo estudo da Bain & Company) e reduz riscos operacionais em projetos de alta complexidade.
Arquiteturas em microsserviços e integração via APIs
O processo de modernização de sistemas depende cada vez mais de arquiteturas distribuídas que permitam modularidade, escalabilidade e independência entre componentes.
Nesse cenário, microsserviços tornam o desenvolvimento mais ágil e facilitam a evolução contínua das aplicações, enquanto APIs garantem interoperabilidade entre plataformas internas e externas.
Não à toa, de acordo com estatísticas da Kong Inc, 89% dos líderes de tecnologia afirmam que suas organizações já migraram para arquiteturas totalmente distribuídas. Afinal, essa combinação permite que organizações mantenham ambientes híbridos funcionando com estabilidade, conectando sistemas legados a novas soluções digitais.
DevOps e metodologias ágeis
A velocidade no desenvolvimento de sistemas está diretamente relacionada à maturidade em práticas DevOps. Pipelines de integração e entrega contínua reduzem falhas, padronizam deploys e garantem que novas versões cheguem ao ambiente produtivo com mais segurança.
Ao lado dessas ferramentas, frameworks ágeis como Scrum, Kanban e SAFe criam um fluxo de trabalho colaborativo e orientado a resultados, eliminando barreiras entre análise, desenvolvimento, testes e sustentação.
Isso faz com que, segundo o State of CI/CD Report 2024 da CD Foundation, 83% dos desenvolvedores estejam envolvidos em atividades DevOps, como CI/CD, monitoramento de performance ou testes de segurança.
Segurança e qualidade integradas ao ciclo de desenvolvimento
A segurança deixou de ser um processo final para se tornar parte estrutural de todo o ciclo de engenharia de software e, conforme a ZipDo Education, 76% das organizações já levam isso em conta nos seus processos de DevOps. A abordagem Secure by Design, por exemplo, complementa práticas de auditoria contínua, testes automatizados, revisão inteligente de código e monitoramento antecipado de vulnerabilidades.
Ao integrar essas práticas desde as fases iniciais, é possível não apenas reduzir significativamente vulnerabilidades críticas, mas também criar uma base de código confiável, auditável e alinhada às normas de compliance.
Isso protege sistemas que armazenam dados sensíveis, atendem grandes volumes de usuários e oferecem serviços essenciais à operação de organizações públicas e privadas.
Governança de dados e Business Intelligence
A tomada de decisão orientada a dados cresce como um dos pilares estratégicos de transformação digital. Plataformas de Business Intelligence, painéis interativos e mecanismos avançados de analytics permitem analisar indicadores, acompanhar desempenhos e extrair insights imediatos de comportamentos operacionais.
Dessa forma, organizações que adotam governança adequada conseguem otimizar serviços, reduzir desperdícios e estruturar estratégias de crescimento com base em informações qualificadas. Aliás, de acordo com o site Data.folio3, cerca de 80% delas já integraram big data analytics nas suas operações.
Sustentação e evolução contínua de sistemas
A sustentação estruturada, atualmente, é tão estratégica quanto o próprio desenvolvimento dos sistemas. Afinal, ambientes críticos precisam operar sem interrupções, receber melhorias constantes e acompanhar as mudanças de regras de negócio, legislações e demandas dos usuários.
Para se ter uma ideia, o Software Engineering Institute (SEI‑CMU), da Carnegie Mellon, mostra que entre 60% e 90% do custo total de um software ao longo de sua vida útil está relacionado à manutenção.
Com isso, squads multidisciplinares, tornaram-se essenciais na atuação em ciclos permanentes de evolução, monitoramento ou otimização, garantindo longevidade às plataformas e reduzindo riscos operacionais.
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